É a dor que atinge a região lombar da coluna vertebral. Quando o sintoma irradia para uma ou ambas as pernas, chamamos de lombociatalgia. É a segunda queixa mais comum nos consultórios em todo o mundo, perdendo apenas para dor de cabeça, afetando entre 65% e 80% da população mundial em alguma etapa da vida, na maioria dos casos com resolução espontânea da dor.
Pode ocorrer de forma aguda, com duração menor de três semanas ou crônica, duração maior que três meses.
Há uma série de causas diferentes para a dor, mas principalmente pelo “mau uso” ou “uso excessivo” das estruturas da coluna, lesão muscular, sedentarismo, esforços repetitivos, excesso de peso, pequenos traumas, condicionamento físico inadequado, má postura e degeneração dos discos invertebrais e articulações.
Questões inflamatórias como a espondilite anquilosante, infecções e tumores também podem causar a dor.
O ideal é procurar um médico especialista ao apresentar os primeiros sinais. Alguns cuidados ajudam a amenizar os efeitos da dor, como cuidados com a postura ao dormir e ao transportar objetos, além do uso de medicações e a fisioterapia.
As gestantes devem ter cuidado especial, já que a dor lombar é mais comum em mulheres grávidas e, na maioria das vezes, não representam nenhum problema sério na coluna.
O diagnóstico é feito em consulta médica, com base na história e exame físico. Existem critérios para a solicitação de exames de imagem, que na maioria dos casos não são necessários na primeira consulta.
O principal objetivo do tratamento é aliviar a dor, melhorar a habilidade funcional e prevenir que se torne um sintoma crônico. Podem ser indicados medicamentos e fisioterapia. A indicação de cirurgia neste caso é rara. A prevenção é muito importante e feita com uma vida ativa e com hábitos saudáveis; como alimentação balanceada, controle do peso e atividade física regular.
É uma doença comum na população brasileira, estima-se que existam mais de 5,2 milhões de pessoas portadoras de hérnia de disco, no Brasil. A prevalência é de 4,8% em homens e 2,5% em mulheres, com mais de 35 anos.
A coluna vertebral conta com uma série de discos que atuam como amortecedores, essenciais para a mobilidade e estabilidade da coluna. São formados internamente por um conteúdo viscoso e externamente por uma camada fibrosa (núcleo pulposo e ânulo fibroso).
Com o passar dos anos acontece a degeneração do disco, com alterações na coluna, o que sobrecarrega essas estruturas, podendo levar a hérnia de disco, que pode atingir as regiões lombar, torácica e cervical.
Tem como sintomas dor, perda de sensibilidade ou força ou, ainda, sensação de formigamento. É mais comum em pessoas entre 30 e 50 anos e tem como causas a predisposição genética, cargas repetidas, tabagismo e vibração prolongada.
A suspeita diagnóstica é feita pela história e exame físico do paciente, confirmada por exame de imagem. A maioria dos casos evoluem bem com tratamento conservador: medicações analgésicas, fisioterapia e, principalmente, tempo.
Uma alternativa interessante é o bloqueio (anestesia) da raiz comprimida, que pode deixar o paciente com pouca ou nenhuma dor durante o período de tratamento conservador.
A cirurgia pode ser indicada para aqueles pacientes que não melhoraram com o tratamento clínico, apresentam piora progressiva dos sintomas neurológicos ou dor insuportável.
Trata-se do escorregamento de uma vértebra da coluna que desliza para frente, devido ao processo de envelhecimento.
É mais comum em pacientes com mais de 50 anos de idade e, principalmente, mulheres. Atinge a coluna lombar na maioria das vezes, chegando a 10% das mulheres acima dos 60 anos.
Entre os sintomas estão dor lombar e nas pernas e sensação de cansaço ao ficar muito tempo em pé ou caminhar – que geralmente apresentam melhora com o repouso. Também são identificadas redução na flexibilidade e dificuldade ou dor ao tentar arquear as costas para trás.
O diagnóstico é feito em consulta médica, com base na história, exames físico e de imagem.
A indicação do tratamento vai depender de uma série de fatores, como a intensidade da dor, presença de alterações neurológicas, gravidade da espondilolistese, idade do paciente e as atividades desempenhadas. O uso de medicamentos associados à fisioterapia ou bloqueios são eficazes na maioria dos casos.
Pacientes com casos graves, dor incapacitante, alterações neurológicas ou que não apresentam resposta satisfatória ao tratamento clínico têm a indicação de cirurgia. O procedimento tem como objetivo realinhar o segmento afetado da coluna vertebral para aliviar a pressão sobre as estruturas neurológicas e proporcionar estabilidade.